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Arranjo Físico (Layout) e Ambiência

Arranjo Físico (Layout) e Ambiência

Introdução

Com a evolução tecnológica aplicada nas empresas, o estudo de arranjo físico ou layout tem assimilado importância maior.
O arranjo físico adequado proporciona para a empresa maior economia e produtividade, com base na boa disposição dos instrumentos de trabalho e por meio da utilização otimizada dos equipamentos de trabalho e do fator humano alocado no sistema considerado.
Lerner (l996), por exemplo, considera que o arranjo físico deve ser estabelecido a partir do estudo planejado do sistema de informações relacionados com a distribuição de móveis, equipamentos e pessoas pelo espaço disponível, da forma mais racional possível. Considera, também, que o arranjo físico acaba por influir na motivação, gerando maior ou menor eficiência no trabalho.
Para que tenhamos um bom arranjo físico, alguns princípios devem ser observados.
Ø   Princípio da economia do movimento: busca encurtar a distância entre os operários e ferramentas em suas diversas operações;
Ø  Princípio do fluxo progressivo: o movimento entre uma operação e a subseqüente deve ser o mais contínuo possível, evitando paradas, voltas, cruzamentos etc.;
Ø  Princípio da flexibilidade: o arranjo físico deve ser flexível, possibilitando rearranjos, face às mudanças exigidas pela introdução de novas técnicas e/ou equipamentos;
Ø  Princípio da integração: a integração entre os diversos fatores é fundamental.

Objetivos

Quando do desenvolvimento do estudo de arranjo físico, alguns aspectos devem ser observados:
Ø  Proporcionar um fluxo de comunicações entre unidades organizacionais de maneira eficiente, eficaz e efetiva;
Ø   Proporcionar melhor utilização da área disponível da empresa;
Ø  Tornar o fluxo de trabalho eficiente;
Ø  Proporcionar impressão favorável aos clientes e visitantes, facilitando seu atendimento;
Ø  Ter flexibilidade ampla, tendo em vista as variações necessárias com o desenvolvimento dos sistemas correlacionados;
Ø  Ter flexibilidade, em caso de modificações nas tecnologias dos processos;
Ø  Ter clima favorável para o trabalho e o aumento de produtividade;
Ø  Reduzir a fadiga do empregado no desempenho de sua tarefa (isolar ruídos, reduzir espaços desnecessários etc.).

Sintomas de um arranjo físico mal feito.

Ø  Fluxo de trabalho inadequado;
Ø   Problemática na locomoção das pessoas em suas atividades profissionais na empresa;
Ø  Longas distâncias no movimentar;
Ø  Demora excessiva no desenvolvimento dos trabalhos;
Ø  Dificuldade em manter a supervisão e controle;
Ø  Excesso de trabalho em processamento;
Ø  Congestionamento de materiais;
Ø  Projeção espacial inadequada dos locais de trabalho, gerando descontentamentos e baixa produtividade.

Fatores a serem considerados para um arranjo físico racional.
Ø  Tipo do produto;
Ø  Tipo de produção: contínua e não contínua;
Ø  Tipo de operações envolvidas;
Ø  Natureza dos riscos envolvidos: poluição, riscos químicos, segurança pessoal e de prédio;
Ø  Perspectiva de expansão futura;
Ø  Características da matéria-prima: física, química, peso, volume, quantidade etc.;
Ø  Características das maquinas e dos equipamentos usados na produção;
Ø  Pessoal, destacando-se: segurança contra acidentes, quantidade, sexo e serviços a serem prestados de acordo com as leis do trabalho;
Ø  Estocagem: permissibilidade dos materiais, localização e arrumação;
Ø  Serviços auxiliares: vestiários, restaurante etc.

Tipos de arranjo físico.
Arranjo físico de escritório
É fundamental, para um adequado arranjo físico de escritório, o estabelecimento de um fluxo racional de trabalho, evitando-se seu desenvolvimento ao longo das atividades organizacionais de forma redundante, ilógica, resultando, assim, numa excessiva manipulação de papeis, peças e processos, bem como em deslocamentos desnecessários, tanto de papeis e documentos quanto de empregados e clientes.
É utilizado nos escritórios e demais áreas de trabalho burocrático.
Para análise da distribuição de espaço, temos as seguintes fases:
1- Cálculo da área de um posto de trabalho: é o espaço ocupado por um empregado com todo equipamento e material necessário para executar determinado trabalho.
Cada posto de trabalho tem três tipos de superfície:
Ø  Superfície de circulação ou de evolução: é a superfície necessária à circulação de pessoas, materiais etc., variando conforme tipo de transporte do material.
Ø  Superfície de utilização ou de gravitação: é a área necessária para executar seu trabalho para manutenção dos equipamentos e espaço para receber ou enviar aquilo que foi trabalhado.
Ø  Superfície estática ou de projeção: é representada pela sombra do equipamento projetada no chão, isto é, a largura e o comprimento do equipamento.
2- Planta baixa do espaço a ser ocupado. Devem constar os móveis, paredes, janelas, divisórias etc. e instalações existentes.
3- Distribuição do espaço pelos órgãos da empresa. Os órgãos que estão em freqüente contato devem estar mais próximos. Já os órgãos que estão em contato com o público, devem estar localizados de modo a facilitar este contato, evitando assim perturbar órgãos que não destinam a este atendimento.
4- Determinação da quantidade e da natureza dos móveis e equipamentos a serem utilizados. È importante determinar com precisão a quantidade de móveis e equipamentos, bem como sua padronização.
5- Confecção das miniaturas dos móveis e equipamentos. Possibilita melhor e mais racional posicionamento dos móveis, equipamentos etc.
6- Demarcação da extensão e da localização das instalações telefônicas, elétricas, computadores e demais serviços de comunicação.
7- Submeter a distribuição proposta à aprovação dos usuários e distribuir cópia das plantas aos encarregados da execução.

Arranjo físico por processo.
As maquinas são agrupadas por suas operações, características, formando assim as seções de tornos, furadeiras, frisas etc.
O produto percorre as diversas seções de acordo com o seu delineamento. Exemplo: oficinas de manutenção.

 Arranjo físico fixo ou posicional.
É usado no caso de se ter um produto de volume, dimensões ou peso muito grandes.
Exemplo: fabricação de navios, locomotivas, turbinas etc. O arranjo físico é feito por imposição da inexistência de espaço suficiente para adoção de outro tipo. O produto fica parado, e as máquinas e equipamentos se deslocam em torno deles, seguindo um delineamento.

Arranjo físico por produto.
É o mais adequado para produção em massa. As maquinas, os equipamentos e os postos de trabalho são fixos em uma linha através da qual o produto flui. Exemplo: linhas de montagem de automóveis, televisores etc.

Ambiência
Hoje as empresas dão grande importância às condições ambientais que cercam seus funcionários. Assim, a iluminação, a sonorização e a temperatura atuam de modo negativo ou positivo no rendimento do trabalho.

A iluminação
A iluminação racional dos índices de luminosidade nos ambientes de trabalho evita doenças visuais, diminui a fadiga ocular, aumenta a eficiência operacional e diminui o numero de acidentes de trabalho.
Temos a iluminação natural, que é obtida da luz solar e a iluminação artificial, obtida de outras fontes incandescentes, sendo a iluminação elétrica a principal em nosso pais.

Cores
Intimamente relacionada com a problemática da iluminação, seu estudo se efetua através de três pontos básicos.
Ø  O máximo do poder de iluminação e uniformização da luz nos ambientes é obtido com o aproveitamento racional da reflexão das cores.
Ø  Os contrastes de luz que obrigam ao olho um esforço constante de acomodação devem ser substituídos por contrastes de cor que criam a impressão de relevo, sem fadiga visual.
Ø  Uma impressão de calor ou frio, uma atmosfera com sensação excitante ou de repouso são obtidas através do emprego de cores. As cores foram classificadas nas categorias quente (vermelho, amarelo, laranja, verde-escuro) e frias (azul, cinza, verde-claro).
Em países de clima tropical ou semitropical, as empresas devem utilizar cores frias para as paredes e tetos das áreas de suas unidades operacionais, já que as cores quentes devem ser empregadas para a motivação do trabalho ou para elevar a temperatura ambiental de um recinto considerado frio. 
Psicodinâmica das cores. As cores exercem enorme influência no comportamento do ser humano a sua ilusão física e os efeitos psicológicos.

Ruídos
Os ruídos, com sua intensidade e duração, afetam e prejudicam o rendimento humano na execução de qualquer tarefa. A “poluição sonora” termo utilizado para designar os ruídos acima do normal, é capaz de levar o homem à surdez e à neurastenia.
O som possui determinadas características físicas, que são:
Freqüência – os sons audíveis situam-se na faixa de 100 a 1300 Hz.
Ø  Intensidade – é mensurável através dos efeitos produzidos sobre o organismo humano, utilizando-se para tal uma unidade denominada DECIBEL – dB.
Ø  Através de experiências provou-se que ruídos que ultrapassam a 80 db afetam o ritmo da respiração, o pulso, causam aumento da pressão sanguínea, além de contrair o estômago.
Ø  Altura – é medida pelos sons graves e agudos, sendo estes últimos os que causam efeitos mais negativos sobre o homem.
Ø  Duração – o prolongamento dos ruídos ou a continuidade de vibrações pelo solo geram conseqüências irreversíveis ao ser humano, tais como: varizes, problemas circulatórios, disfunções dos órgãos femininos etc.

Temperatura e ventilação
Sabemos através da física, que dois corpos com diferentes temperaturas trocam calor entre si, em busca do equilíbrio térmico. Quando este equilíbrio se faz sem esforço fisiológico, o homem experimenta uma sensação de conforto físico; caso contrario, será obrigado a despender ou poupar energia calorifica, de modo a contrabalancear este desnível térmico, causando-lhe uma impressão de desconforto.
Vê-se que tanto o homem quanto a máquina possuem uma temperatura ideal para funcionamento.
A temperatura demasiadamente elevada deprime e a excessivamente baixa inibe.
Ventilação significa movimentação de ar, substituição de ar confinado, poluído ou contaminado, por ar puro, a fim de garantir ar renovado.
                                                        

Bibliografia

01 - OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas, Organização e Métodos:                
Uma abordagem gerencial. 14 ed. São Paulo, Atlas, 2004. 496p

02 - CURY, Antônio. Organização e Métodos: Uma Visão Holística. 7. ed. São Paulo, Atlas, 2000. 592p

03 - ROCHA, Luiz Osvaldo Leal da. Organização e Métodos: Uma abordagem prática.

São Paulo. Atlas. 255p.

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